ENTRANDO EM CAMPO

Emanuel garante apoio e diz que já emplacou campanha ao Governo

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), minimizou a falta de gestores do MDB no encontro realizado por ele nessa segunda-feira (13) e garantiu que já conquistou apoio dos membros do partido para sua candidatura ao governo em 2022.

Apesar de apenas 15 municípios terem participado da reunião, Emanuel afirmou que diversos prefeitos e vice entraram em contato, e atribuiu ao seu atual desafeto político, o governador Mauro Mendes (DEM), a “culpa” pela baixa adesão ao encontro.

A reunião tinha objetivo de ouvir as demandas dos gestores e avaliar como anda a popularidade de Mauro entre os emedebistas.

“Eu falei com quase todos os prefeitos, entendi a pressão. O prefeito depende do governo, dos deputados, que fizeram uma casinha…”, disse, em coletiva nesta quarta-feira (15).

O prefeito da Capital tenta, desde o mês de maio, viabilizar seu nome para a disputa ao cargo de governador de Mato Grosso, em oposição a seu ex-aliado Mauro Mendes. Entretanto, desde que levantou a possibilidade, durante entrega do Viaduto Murilo Domingos, na Avenida Beira Rio, em Cuiabá, o prefeito não tem conseguido muitos adeptos à campanha.

Entre as lideranças do MDB, deputados estaduais e o federal Juarez Costa, são unânimes em defender que o partido siga no palanque do governador Mauro Mendes, apoiando-o para uma reeleição, e mantendo Emanuel prefeito pelos quatro anos para os quais foram eleitos.

Alguns deputados, como Dr. João (MDB), de Tangará da Serra (240 km da Capital), e Juarez, chegaram a lembrar o caso do deputado estadual Wilson Santos (PSDB), que abandonou a Prefeitura de Cuiabá para disputar a eleição de 2010 e acabou perdendo para o ex-governador Silval Barbosa. Além disso, o líder do partido, deputado federal Carlos Bezerra, também já defendeu que Emanuel deve continuar como prefeito.

Apesar da ponderação, Bezerra esteve na reunião de segunda-feira com Emanuel, apoiando a intenção do prefeito, e chegou a dizer que, na sua visão, o chefe da Capital deve ser seu sucessor na liderança do partido.

Mesmo dividindo opiniões, Emanuel segue animado com a possibilidade. “Emplacar, eu já emplaquei. Já combinei com Bezerra isso. Agora vamos ter alguns contatos pessoais, encontros secretos, porque não pode expor a toa. Mas eu gostei. Prefiro começar com 15 [gestores apoiadores] e terminar com 50 do que começar com 50 e terminar com 15. É o começo e estou satisfeitíssimo”, disse.

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