*A GRANDE MENTIRA

VLT, o corpo continua na cena do crime

 

Depois de muitas idas e vindas, quando se imaginou que a novela VLT/BRT estivesse em seu capitulo final, os autores e atores, que nunca se interessaram pela plateia, acharam por bem que cada um pode acrescentar ao enredo seu toque pessoal.

O Bloco dos descontentes, liderados por Emanuel Pinheiro e o lobby dos ferroviários, juntos com quem ainda vive dos trilhos sonhados pelo pai, brigam pelo VLT.

Em outro “corner” liderados por Mauro Mendes, a turma do “é muito caro” e “no transporte quem manda é o pneu”, que assim como os ferroviários,  “sem interesse financeiro algum” busca o melhor para a cidade na decisão sobre um transporte que nunca vai utilizar e briga pelo BRT.

Tem mais um bloco, que parecer ser formado pela maioria, que se assemelha ao torcedor desesperado que virou même, liderado por Kalil Baracat, o “Acaba logo pelo amor de Deus”.

Ah, tem também bandeirinha com apito. TCE, TCU e ETC.

Bom, mas o ponto que quero chegar, é que o governo percebeu que os trilhos deitados sobre a av. da FEB e os vagões atirados em um terreno atrás do aeroporto, funcionam como um corpo na cena do crime.

É necessário desfazer isso, para que o caso percorra o longo caminho da justiça, que entre uma prescrição e outra contará com o costumeiro esquecimento que vem anexado a toda a certidão de nascimento expedida neste país.

Logo a inflação, que ultimamente anda a jato, irá corroer a imaginária cifra de 1 bilhão e meio e a sensação de prejuízo diminuirá até caber atrás do último assento do BRT.

A cena que comprova a desova de um projeto moderno já começou a ser mexida.

Uma equipe da prefeitura do Rio de Janeiro já veio a Várzea grande verificar de perto, os corpos, digo, os vagões e prometem estudos para a possibilidade de aproveitamento dos mesmos em expansão do VLT por lá.

O governo de Mato Grosso, que já estava a ponto de fazer um bingo com premiação na primeira pedra, é capaz de bancar o mascate que já cobriu o custo da mercadoria na entrada do parcelamento.

“Leva, se servir, paga depois”.

*A Grande Mentira, foi a novela mais longa da televisão brasileira, foi ao ar em 1968 e teve 341 capítulos.